Capítulo 1 - Finalmente.

— Tudo bem, então nos guie.

Ele falava se preparando para começar a andar junto deles. tentando manter a postura firme de " Elite " como ele prefere se comportar, tento sempre me manter junto da Yulia.

O grupo 3 então saiu da ECG e foi guiado por Yulia até a casa da garota, alguns outros grupos também saiam, provavelmente pelo mesmo motivo que nossos garotos. Enquanto percorriam o caminho, viam uma Tracen se preparando para mais um ano de movimentação; Caixas chegando, estoques sendo repostos, calçadas e lojas sendo limpas e, logicamente, pessoas procurando por emprego. A ECG ficava na principal rua da cidade, localizada exatamente no centro de toda Tracen, o que fazia com que a área que percorriam fosse, de certa forma, uma área nobre.

Assim que saímos da ECG, disse a Szon: - Olha aqui, me desculpe. Não tive a intenção de parecer superior ou algo do tipo. Eu vi que fui grossa contigo e não quero continuar assim... Nosso grupo será o mesmo por um bom tempo, acredito eu, e não acredito que possa ser uma líder boa caso eu construa relacionamentos imaturos com meus colegas. Esperei alguns segundos, estendi minha mão para Szon, e disse: - Aliados?

Ele apenas fica calado olhando sempre para os cantos, bem atento com o medo de outra tentativa de assassinato agora que estava fora da ECG. Um tanto quanto nervoso ele tenta não demostrar isso, andando um pouco na frente do grupo ele mal presta atenção na Yulia na qual ele havia reparado no sorriso estranho e nas curvas involuntariamente.

— Oque?

Apesar de ter tentando não criar expectativas enquanto caminhava junto a Yulia e Haskel, Szon acabou por se perder em seus pensamentos imaginando missões com um pouco mais de ação. " Mais papeis... Me sinto como se estivesse com o Zunzi de novo, bem a cara dele algo tão sem graça... "
— O que?! Respondia meio surpreso ao ouvir seu nome. " Deveria parar de me distrair desse jeito... " — Precisam de algo? Perguntava um pouco confuso.

— É assunto de vocês.. Por min a Raposinha faz oque quiser com o grupo..

Ele fala enquanto continua andando na frente e da uma risada bem baixa, fica pensando em sua mente como o Szon esta desligado ou iludido com algo. Ao olhar para trás ele a olha de cima a baixo e fica refletindo sobre suas verdadeiras intenções ou se era apenas uma menina pró-ativa.

— Hãm?! Ah... foi mal. Dizia meio sem jeito e então continuando. — Tudo bem eu acho.Não percebia que ela havia dito algo sobre o grupo permanecer o mesmo, na verdade nem parecia ter prestado atenção em tudo que foi dito. Estava apenas vendo o momento como um fardo. — Então... o que pode nos dizer sobre a missão? Iremos mesmo apenas ter de cuidar de papeis? " Talvez cuidar de algum animal fosse melhor... sou bom com isso. "

— Olha aqui meu anjo, eu lhe entendo... se o Szon não é tem a capacidade de escutar uma "ordem" ou mensagem de sua superior ai fica complicado... Podemos seguir logo?.
Ele sorri querendo realmente acabar com essa merda de conversa, ele volta a seguir o caminho e tenta não se meter em conversas ou falar algo sem que peçam sua opinião antes.

Os três garotos, que agora vestem os uniformes da ECG, foram andando pelas ruas do centro da capital. A zona nobre da cidade estava bastante movimentada. O caminho era simples e curto. Yulia conduziu os garotos para um bairro composto, em maior parte, de casas de conhecedores, logo depois, Yulia aponta para sua casa.



A casa era luxuosa e, ao mesmo tempo, simples. Uma mulher, diga-se de passagem bastante elegante, com idade para ser a mãe de Yulia cuidava das flores no jardim, enquanto, um garoto, de aproximadamente 12 anos, estava sentado em uma das escadas, lendo um livro próprio para sua idade. Assim que percebeu os três, o garotinho correu em direção da irmã, gritando:

- Eu sabia! Eu sabia! Ganhei a aposta, você foi expulsa no primeiro dia!

A moça que cuidava das flores virou-se com os gritos de euforia do garoto, revelando, em seu corpo, um uniforme de doméstica.

Assim que o garotinho chegou perto de mim, o abracei e disse: - Bem, sinto muito mas não foi dessa vez. Para sua felicidade, só vim aqui utilizar o telefone, Ewe. Soltei o garoto e disse: - Esses são meus colegas: Haskel Hanko... E Szon.

O garotinho fez uma reverência um pouco exagerada para a idade dele, e disse - Olá, sou Ewe.

Szon continuava um pouco atrás observando o desenrolar da conversa. Se sentia meio perdido por ter ficado imaginando como seria se tivesse pego uma missão mais importante ou talvez com um pouco mais de ação. Ao perceber o jovem o cumprimentado respondia um pouco tímido. — Olá! Dizia meio sem jeito logo fazendo uma leve reverência e completando — Eu sou Szon, colega de equipe da Yulia. Se abaixava ficando com o rosto frente a frente ao garoto e com um sorriso no rosto dizendo. — Sua irmã é bem legal não é mesmo? Falava ainda sem jeito puxando assunto com o jovem enquanto elogiava sua irmã.

— Eu sou Haskel Hanko, também da equipe da Yulia.

Haskel falava enquanto se mantia naquela postura firme. Olhando as pessoas ao seu redor, enquanto vai tentando se manter meio calado para não atrapalhar a conversa deles. Fico parado em um canto muito perto da entrada esperando a Yulia voltar para falar conosco.

- Na verdade não, eu não gosto dela muito. Disse o garotinho com sinceridade imensa, coisa que somente crianças e velhinhos conseguem fazer. - Papai e mamãe saíram foram se divertir, ou algo do tipo, Yulia. A manão não está também... Mas, me diga, se você não foi expulsa veio aqui pra quê? indagou o garotinho, com curiosidade.

Quando meu irmão disse que não gostava de mim, dei uma leve risada e fiz um cafuné em seus cabelos. - Bem, maninho, vim aqui apenas utilizar o telefone. Não vou te atrapalhar, pode voltar com sua leitura. Conduzi os meus colegas pelas escadas até chegar no primeiro cômodo, onde estava o telefone. Saquei o papel com as informações e disquei.

Ele olha para aquela situação notando que o irmão dela estava falando a verdade, fica bem assutado seguindo a Yulia, estranhando a situação em que ela se encontrava juntando com aquele sorriso estranho dela ele fica meio com um pé atrás.

" Que tipo de pessoa tem irmãos ou família lhe odiando? eu tenho uma família me odiando... não tem o por quê desconfiar de nada... apenas uma mulher normal... "

Ele fala enquanto olha para um outro lado, permanecendo observando o lugar mesmo que pouco, ele fica evitando falar ao máximo.

— Ela é do tipo implicante? Falava brincando imaginando o motivo do garoto dizer aquilo era só por que Yulia implicava com ele. Quando ouvia sobre ser expulsa da E.C.G ficava um pouco confuso, mas tentava não pensar muito no assunto. — Algo problema em espera-la aqui fora? Perguntava a Yulia finalmente se levantando e completando. — Não sinto que vá me sentir muito confortável entrando, e apenas você precisa falar com o Oficial então não deve haver nenhum problema.

- É... Ela é chata. respondeu o garotinho. Yulia não demonstrou resistência ao pedido de Szon, que acabou ficando ali na escada, perto do garotinho, que lia.

Enquanto isso, Haskel até ponderou que precisaria tirar seus sapatos para entrar na casa, como dita o costume nas famílias de conhecedores, mas não precisou. Teria que fazer isso, caso decidisse entrar no corredor que ficava do outro lado do cômodo. As luzes ali estavam desligadas, Haskel observou os retratos nas paredes e cômodos que conseguia ver. Concluiu que, ali na casa, moravam pelo menos cinco pessoas: Yulia, o garotinho, uma jovem, provavelmente com seus 25 anos, um homem e uma mulher (provavelmente pai e mãe de todos), todos conhecedores. A maior parte das fotos mostravam um ou mais membros desses, geralmente sorrindo es e divertindo. Estavam no parque, no teatro, viajando, na casa de prováveis parentes, viu também várias fotos deles em uma espécie de clube. Bem, uma família feliz, provavelmente.

Yulia discou os números e colocou no viva-voz.

- É pra você escutar também... Mas evite falar.

O telefone tocou... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Tu... Quando Yulia ia desligar o telefone, um "clack" foi ouvido. Alguns segundos depois, uma voz cansada e lenta disse:

- Quem fala?

- Olá, eu sou Yulia Guanz, gostaria falar com o Oficial Marco. Eu sou uma aluna da ECG e eu, e meu grupo, prestaremos serviços a ele.

O homem demorou um pouco para responder, pode-se ouvir o som de uma cadeira de madeira movendo-se como se ela estivesse enferrujada.

- Pois não, eu sou o Oficial Marco.

- Excelente. Como havia dito, somos alunos da ECG, e devemos prestar serviços aos senhor. Foi nos dito que deveríamos começar amanhã e que o senhor já recebeu as instruções.

- Sim... Tudo bem. Amanhã, 06:30, no 2º Colosso. Sabe onde é?

- Sim senhor, perfeitamente.

- Vocês são quantos?

- Três. Algo que precisamos saber ou levar para o nosso primeiro encontro?

- Não tragam ânimos demais, e, se alguém sofrer de problemas respiratórios, remédios.

Então um "clack" foi ouvido, e o telefone, informou que a ligação havia sendo encerrada com um longo e irritante "Tuuuuuuuuuuuuuuuu...".

— Que saco... Eu preciso contar umas coisas para você como a minha líder.. não entrarei em detalhes mas eu estou sendo caçado fora da ECG, caso aconteça na rua não exite em me abandonar. Mas enfim coisas de família.

Haskel fala enquanto arruma o cabelo para trás, começando a fazer o caminho de volta calmamente ao lado dela enquanto olhava bem para o caminho como se fosse a coisa mais comum do mundo.

- Haskel Hanko. Chamei o garoto e disse: - Se, por acaso, eu te ajudar, você teria como me recompensar?... Talvez me dizer quem fez esse colar ou arranjar um parecido pra mim?

— Quem fez esse colar para min foi a minha esposa... antes de minha vida ir para onde esta.. Eu prefiro não envolver você nesse tipo de assunto, eu sofri uma tentativa de assassinato foram três assassinos... ambos mortos...

Ele fala enquanto se vira e fica a olhando sempre nos olhos como sempre fazia.

— Não sei oque você quer... ou os seus planos.. desde que não entrem no meu caminho eu não ligo em ajudar...

- Calma garoto, eu só quero um colar parecido com o seu. Achei ele bonito. Então dei um leve sorriso.