Capítulo 1 - Finalmente.

A ideia de Szon pareceu-me algo idiota, e isso ficou claro em meu roso, enquanto dizia: - A Coordenadora Kridz nos disse para que escolhêssemos um líder. Não um "líder representativo". E outra: um líder é um líder, se for para ter o cargo de líder e, de fato, não exercer a liderança, não é um líder, vocês concordam comigo?

— Achei uma ideia meio ruim senhor Szon... Vamos fazer o seguinte, ja que a jovem raposa esta com a vontade e motivação para líderar que tal o meu voto de confiança? Pronto resolvemos isso. Tcharam..

Ele fala enquanto da um sorriso escondendo estar meio irritado com a enrolação, ele logo olha para Funa Kridz para ver se ela estava irritada por esperar esse tempo todo. Caso sim ele passa uns segundos a olhando e volta a atenção a para o grupo.

- Haskel Hanko, agradeço seu voto. Muito obrigada. E o apelido também, caso seja algo carinhoso... Ou nortenho... então dei um leve sorriso - Raposas não são animais comuns nessa região, não sei se ser comparado com uma é algo bom o ruim... Mas, ainda assim, preciso da aprovação de Szon.

Não entendia muito bem a situação e então respondia. — Ela disse que precisávamos escolher um líder, não disse se havia algum problema em escolher um líder representativo e eu não vejo nenhum problema em um líder que aceita colaborações de seus membros de equipe, na verdade isso pode até ser algo bom não? Ajuda a diminuir o fardo do líder e aumenta a confiança da equipe. ficava em silêncio pensativo por alguns segundos e respondia. — Bem, mas é apenas uma ideia se não a aceitarem tudo bem.

— Bem eu acho essa ideia uma...... coisa muito ruim... deixe logo a Yulia liderar esse nosso grupo logo.... poxa.... cansei...

Ele fala enquanto se levanta e logo indica para Yulia o caminho, com um leve sorriso no rosto mascarando estar de saco cheio desse vai e volta.

— Bem se não tivermos nenhuma oposição, você é a líder do grupo. Pronto, resolvido jovem andorinha.. agora é só falar para a nossa doce coordenadora e podemos ir diretamente para os nossos assuntos de grupo.

— Bem já que ambos concordaram que não gostam da ideia por mim tudo bem. Falava um pouco desapontado.

— Pronto fofinha pode ir lá agora e vai na fé.

Ele fala enquanto se senta em uma das carteiras, cruzando as pernas, olhando em volta levemente por ter falado isso um pouco alto, porem talvez acabariam notariam que ele não falou no sentido romântico e sim uma forma de brincadeira, logo dava uma risada baixa lembrando de coisas antigas.

" .... Droga .... Pare de pensar nisso Haskel..... Melhor que ser covarde e fingir que não existiram tempos bons ... Paciência Haskel... "

Ele tem uma reflexão se lembrando de toda a situação que estava, lembrando dela... do pai filho da puta... da mãe espancada... ele deixa uma lágrima cair porem logo a limpa com a mão esquerda e ficava sério pela causa.

— Bem... pelo jeito acabamos por aqui não é mesmo? Falava meio sem jeito passando a mão na nuca e completando. — Bem... voltarei ao meu lugar, se precisarem de mim basta falar. se despedia caminhando até sua carteira esperando que ninguém estivesse a utilizando.

Yulia vai em direção à fila que estava sendo formada para conversar com a coordenadora. Ela era a quarta na fila, mas não demorou muito para ser atendida. Kridz conversou rápido com ela e passou as informações necessárias.

Enquanto isso, Szon voltava para seu lugar e uma garota chegava perto de Haskel.



- Você está bem? perguntou a garota, com um to de voz preocupado - Não parece. afirmou, logo em seguida. E continuou. - Chorando desse jeito, não passa de um moleque... E não vai longe... Se bem que eu acho que a Kridz já riscou seu nome das listas, depois daquela sua conversa com ela. Sem tempo para Haskel responder, ela virou-se, enquanto ria baixo.

Haskel não sabia se alguém tinha prestado atenção na cena, mas imaginava que, mesmo que alguém tivesse olhando para ele, não entenderia o que aconteceu, devido à velocidade de tudo.

Haskel precisou se levantar e ir atrás da garota para falar com ela. Assim que encosta no ombro da garota, fala: — Se eu estou bem? Um moleque chorando.... Se você soubesse...ele puxa o ombro da garota apenas com força suficiente para ela se virar para ele, quando o ato acontece, Haskel diz: — E quem disse que a sua opinião vale alguma coisa?

- Bem, se ela não valesse nada, você não teria vindo até aqui para falar comigo, não é mesmo?

— Oque me irrita...... é sobre oque eu passei e escutar esse tipo de coisa.... Eu não esperava menos de alguém daqui.. no fim eu irei provar que esta errada.. Se eu não tivesse meu valor teria morrido na emboscada..

Ele fala enquanto logo cala a sua boca e vai se virando de volta para o grupo, meio encabulado, caso ela tentasse falar algo ele iria ignorar. Voltando em direção do grupo ele volta a alisar o cabelo e fica calado.

A garota começa a dizer: - E quem disse que o que você passou importa? Você não é o único que sofreu na vida não garoto. Você ficar sentado chorando aí só prova o quão bosta você é e que o que a Kridz fez acontece e vai acontecer várias e várias vezes na sua vida. Então ela percebe que Haskel estava ignorando o que ela dizia e começou a falar no ouvido de Haskel, muito alto:- "Ahhh, minha vida é sofrida... Ah, como eu sofro... Ah, queria estar nos colos da minhã mãe..." Pensamentos desse tipo só mostram como você não passa de um grande pedaço de merda, garoto.

Haskel fica segurando forte no seu pingente, sorriso era algo que não vinha mais em minha mente, em minha mente estava a lembrança de minha mãe espancada, o reencontro no lago.... Quase Cedendo ao ódio, ele se lembra se uma das falas da sua mãe quando ele era criança;

Quando estava aos prantos na frente de sua mãe reclamando de chacotas dentro de seu territorio, sua mãe lhe acomodou com palavras que nunca sairiam da sua cabeça.

" Mãe... estão me chamando de homossexual.... de incompetente... odeio eles! todos eles!"

" Filho.... você não é Homossexual ou incompetente.... não deixe os outros apontarem o dedo para o seu rosto e falar algo de você... é superior a isso... O importante é oque você por dentro... Eles não são dignos de sua lamentação.... Eu te amo filho... "

Haskel Hanko logo continua andando com sua postura nobre enquanto tenta não ceder as suas emoções se concentrando em Yulia que estava vindo.
[Qualidade Concentração]

A garota percebeu que não estava fazendo muito efeito em Haskel, mas isso não importava. Ele não passava de um pedaço de merda para ela.

Alguns passos adiante, Haskel encontrou Yulia. Alguns alunos ao redor viram o ocorrido e ficaram curiosos. Era notório que alguns ali se divertiam com a situação.

Me senti um pouco chocada com a situação, não por pena ou preocupação com Haskel. Mas por aquela garota, logo no primeiro dia de aula estar gritando na sala... Não... Yulia, ela não vai tomar o seu lugar... Se ela tomar... Sim, você sabe... Todos sabem...

Me aproximei de Haskel e disse: - Vocês... Se conhecem? Eu não entendi muito bem o que aconteceu...

— Ela é apenas uma boçal se intrometendo em assuntos que não são da conta dela e nada mais.. Mas enfim jovem raposa, como foi lá?

Haskel fala enquanto se mantem naquela postura firme apesar de por dentro estar meio chateado, ele se apoia em uma das cadeiras e fica a olhando.

- Entendo... Acredito que seja melhor conversarmos com o Szon também, já que a missão foi passada para o grupo. Após dizer isso, chamei Szon pelo nome e fiz sinal para que se juntasse a nós.

- A garota ruiva... Foi... Como dizer... Indelicada, Haskel Hanko? Disse baixo, apenas para Haskel ouvir.

— Na verdade.... pouco... Se eu me importasse com oque as pessoas acham min talvez.

Ele se restringe a falar pouco da sua vida, cruzando as pernas ele da uma suspirada, começando a arrumar a postura ele fica pensando na sua família, em seus objetivos... em como ele odeia esse pessoal daqui... companheiros legais.

Por estar distraído em seu canto pensando em assuntos de fora da E.C.G não dava muita atenção ao que acontecia a sua volta até que finalmente ouvia alguém chamar por seu nome. Olhara para os cantos procurando que havia lhe chamado e ao ver Yulia acenando apenas caminhava até sua direção. " Certo... agora saberei qual será nossa missão. Pelo menos assim espero... "

- Bem, antes que vocês perguntem - não que eu me incomodo com isso - nossa missão será, aparentemente, cuidar dos papéis de alguém da polícia. O nome dele é... Então eu abri o papel com as anotações em minhas mãos, mostrando para os garotos e continuando a falar - Oficial Marco. O telefone para falar com ele é... 017349-497, o prédio onde ele fica não é muito longe daqui, conheço bem a região. Kridz disse que deveríamos realizar contato hoje e começar os serviços amanhã logo cedo, de acordo com o horário estipulado por ele... Alguém mora aqui perto pra gente poder usar o telefone e falar com ele? logo em seguida fiz um breve silêncio e comecei a falar de novo - Ah, como vocês sabem, eu sou a líder do grupo e eu, somente eu, tenho uma espécie de senha para conversar com o Oficial Marco. um sorriso quase exagerado tomava conta de meu rosto em minhas últimas palavras.

— Então esta bem, que saco de trabalho.... Szon talvez também não more aqui por perto.

Ele fala enquanto estranha o sorriso exagerado dela, ficando meio pensativo sobre isso porem logo na sequência ele fica alguns segundos olhando em volta para o rosto das mulheres e dos homens da sala, arrumando o próprio uniforme ele fica em sua postura meio " Elite " de sempre.

— A que horas que devemos partir?

Apenas ficava em silêncio ouvindo a conversava, pensava em chama-los para sua casa, mas não tinha tanta certeza quanto ao assunto. Quando Yulia os chamou para irem para a sua casa ficou um tanto hesitante, mas precisava cumprir a missão.
" O que será que acontece se alguém fracassar ou for mau sucedido?! " se pergunta um pouco desanimado, apesar de ter conseguido uma missão na área que queria, não era bem o que imaginava.
" Fiz certo em não criar expectativas " disfarçava o desânimo utilizando a seriedade e então dizendo.
— Tudo bem." Talvez ao completarmos essa missão consigamos outra ainda melhor... ou não, melhor continuar sem criar expectativas." Pensava consigo mesmo enquanto esperava pelas próximas instruções.