Capítulo 3 - A separação - Szon

Haskel, Yulia e Szon voltaram para a ECG, o mesmo percurso, as mesmas coisas. A capital é uma máquina. Provavelmente, no ano seguinte, no mesmo dia e no mesmo horário, as mesmas pessoas estariam fazendo as mesmas coisas. Mas é assim que as máquinas funciona, certo? Quando chegaram na ECG, alguns alunos já estavam lá e se separaram, cada um pro seu quarto.
Dois dos colegas de quarto de Szon estavam sentados na mesa do quarto, conversando provavelmente sobre uma garota da sala. Era, aproximadamente, 15:00 e, se continuasse assim, Szon teria que fingir que não estaria ouvindo ninguém por longas horas.
Szon Mudryr pensava em dar uma volta pelo colégio, mas talvez ainda não houvesse tanta coisa para fazer. Após tanto tempo ouvindo os garotos conversarem suspirava e meio sem jeito dizia. — Posso interromper?
Os garoto olharam para Szon, surpresos, dando-lhe a permissão, provavelmente.
Szon Mudryr ficava um pouco nervoso e ainda mais surpreso pela atenção que lideram, mas tentava manter a postura e então dizendo com uma certa dificuldade. — Aparentemente seremos colegas de quarto e talvez por um bom tempo... Não sou muito bom para me relacionar com as pessoas então peço a vocês que tenham um pouco de paciência comigo.
seguia até sua cama onde se sentava e pensava em perguntar seus nomes, mas primeiro esperava por uma resposta.
Um dos garotos, um pouco perplexo disse: — Tudo bem... Por mim sem problemas e pro Uriel também...
Os garotos então ficaram Olhando Szon, esperando que ele falasse algo mais.
Szon Mudryr pensava um pouco se perguntando de onde havia vindo tanta coragem para dizer aquelas frases ou até mesmo para tentar se enturmar. Talvez fosse influência do pouco tempo que passou com Yulia e Haskel ou apenas a necessidade de talvez precisar de um apoio tem causado isso. — Bem eu... tentava dizer algo, mas acabava ficando em silêncio por um tempo até pegar um pouco de coragem de novo e dizer. — Eu sou Szon Mudryr e estou aqui para aprender mais sobre medicina e talvez alguma coisa sobre alquimia e vocês? Perguntava tentando demostrar um pouco de interesse.
O garoto que havia acabado de falar, tornou a dizer — Quero me tornar um bom policial, futuramente. E, logo em seguida, o outro disse: — Que diferença isso faz para você?
— Hã... eu... é... Por não esperar tal resposta acaba se enrolando e então respondendo. — Bem... eu não sei. Apenas pensei que seria um assunto apropriado já que iremos estudar juntos, mas podemos mudar de assunto. um pouco nervoso perguntava. — Sobre o que deseja conversar?
— Antes de você atrapalhar, estávamos falando da gostosa da Ninkmi.
Szon Mudryr por não ter prestado a menor atenção nos seus colegas de classe não fazia a menor ideia a quem se referiam. — Hum... é...eu não sei quem ela é se levantava e então dizia. — Vou dar uma volta... podem falar sobre a Ninkmi a vontade. fala totalmente envergonhado enquanto se dirigia a porta. " Espero não estar passando uma impressão errada... sou péssimo com conversas e ainda mais sobre garotas"
Os garotos olharam para Szon, enquanto ele saia do quarto, como alguém que não perdera nada. Pouco depois de o garoto tímido sair do quarto e fechar a porta, pôde ouvi-los voltar a conversar. Três ou quatro alunos estavam no corredor, que Szon passou até chegar no pátio. O calor do sol, filtrado pelas folhas das árvores, fazia com que a temperatura do ambiente ser perfeita
Dois jovens estavam sentados em um banco e um terceiro estava sentado na relva.
Szon Mudryr olhava para os jovens um pouco curioso, mas logo começava a caminhar como alguém sem rumo apreciando o local antes de partir em direção a biblioteca ou do ginásio. Não tinha muito que fazer, mas ao menos talvez pudesse ler um livro ou treinar um pouco.
Szon andou alguns minutos até chegar na biblioteca. O prédio da mesma se destacava ligeiramente no quesito tamanho em relação aos outros da ECG, a cor branco gelo, como de todos os outros, tornava o local, de certa forma, monótono. Mas grandes apreciadores da leitura sabiam o que os aguardava ali dentro. Uma porta de vidro, de aproximadamente três metros separava Szon do mundo que ele tanto amava, lá dentro, livros e um vitral gigantesco, no fundo da biblioteca, contava um pouco da história da ECG. Uma mulher de meia-idade, ocupada com alguns papéis estava lá dentro em uma espécie de recepção.


Szon Mudryr ficava algum tempo parado contemplado a estrutura do local enquanto concluía em sua mente. "Com certeza eu vim para o local certo... agora só me resta saber por onde começar. Além dessa extensa biblioteca o que será que a ECG. pode me proporcionar?" após ter certeza que já havia observado o bastante caminhava até a mulher de meia-idade e dizendo como sempre sem jeito. — Boa Tarde!
O som da voz de Szon chegou aos ouvidos da mulher, abafados pelo vidro. Então ela olhou em direção ao garoto, e, depois de um segundo ou dois, percebeu que havia alguém tentando estabelecer contato com ela através da porta. Ela então apontou para a porta, em uma direção específica e Szon percebeu que havia uma placa ali dizendo "Fechado"
Szon Mudryr não queria ser chato, mas precisava saber. — Quando ira abrir? se dava conta de que talvez ela não pudesse ouvi-lo, porém mesmo assim insistia.
A mulher faz um sinal com a mão e diz algo com sua boca.
Teste de concentração de Szon.
Szon entende algo como Tobogã, o que não faz sentido nenhum.
— Pode repetir ou ao menos abrir a porta pra me responder?
A mulher não entende o que Szon estava tentando lhe dizer, então organiza mais alguns papéis na mesa, e vai em direção à porta. Quando ela chega, abre a porta e diz, prontamente: — Abriremos somente amanhã, jovem.
Szon Mudryr perguntava. — A que horas?
— Acredito que não seja uma boa escolha você se preocupar com a biblioteca amanhã, certo? Pelo que eu saiba, amanhã começam as missões dos novatos...
Szon Mudryr dizia. — Minha missão envolve apenas organizar uns papéis, se eu acabar a tempo de passar aqui talvez consiga pegar alguns livros.
Szon Mudryr passava a mão na nuca então dizendo. — Só preciso saber até que horas posso passar por aqui.
— Abriremos 08:00. A mulher começa a fechar a porta, e diz para o garoto. — Qual é seu nome?
Szon Mudryr respondia. — Szon, Szon Mudryr... pensava em perguntar o por que da pergunta, mas apenas completava. — Obrigado pela informação.
— Já vou preparar a sua ficha, para economizar seu tempo por aqui... Até mais.
Szon Mudryr agradecia novamente com um sorriso em seguida se despedindo e procurando pelo ginásio. Na realidade o que realmente queria era ir para o seu quarto e esperar para realizar sua missão, mas havia muito tempo sobrando e este não queria passar o tempo com os seus colegas conversando.
Szon deu mais alguns passos e a moça da biblioteca disse: — Szon!
Szon Mudryr se virava lentamente. — Sim!
— Nunca se refira aos papeis que a ECG lhe oferece como "só", "apenas", nem nada do tipo. Não existe um segundo de descanso sequer depois que as coisas por aqui começam. A mulher deu um sorriso simpático para Szon, e começou a fechar a porta de vidro.
Szon Mudryr assentia com a cabeça demostrando que havia entendido. A frase da bibliotecária novamente conseguia reacender a chama de seu espirito aventureiro.  Talvez apenas tivesse entendido errado o que ela quis dizer, mas em sua mente a possibilidade de talvez fazer algo que não fosse passar o dia inteiro arrumando papéis o deixava animado e agora um pouco mais contente voltava ao seu caminho rumo ao ginásio.
Quando chegou no ginásio, percebeu que, na verdade, ele era dividido em dois: Um com uma grama bem aparada e mais verde do que qualquer grama que Szon já tinha visto, apesar de ser um local fechado. O segundo possuía um solo que misturava terra vermelha e pedregulhos. Alguns alunos se exercitavam ali.
Szon Mudryr ficava parado por um tempo observando ambas as partes. Primeiro prestava um pouco de atenção no grupo que se encontrava na primeira parte, a grama chamava um pouco de sua atenção, mas não conseguia o distrair, sua maior dúvida era a qual grupo se unir. Depois de um tempo este começou a observar o segundo grupo e entender o que estes faziam para finalmente se decidir.
Szon percebe que, na verdade, não eram dois grupos. Cada pessoa fazia seus exercícios individualmente, 5 alunos estavam no primeiro ambiente, o de grama, e 3 no outro. Observando também, Szon viu uma garota sentada na parte do gramado, escrevendo algo em seu caderno, provavelmente cedido pela ECG.



Szon Mudryr pensava em fazer sua própria rotina ou acompanhar alguém, mas ao notar a garota ficava um pouco curioso. Não por intenção, mas sem perceber se aproximava sorrateiramente só sendo notado ao dizer um:  — Olá!
A garota solta sua caneta e olha para Szon. — Olá! Respondeu, com certa surpresa.
Szon Mudryr também se surpreendia um pouco com a reação, mas logo se recompunha e respondia.  — Desculpa. ria um pouco e perguntava.  — O que está fazendo?
— Estava desenhando. Szon podia ver que no caderno da garota alguns traços, possíveis esboços de algo muito bem planejado e feito, futuramente, podiam ser vistos. — Você gosta? Perguntou a garota, virando a página e mostrando um outro desenho.



Szon Mudryr observava o desenho por alguns segundos.  — Legal, mas.... o que representa?
A garota olha para Szon com certo desgosto, mas explica — É a terra. Aqui, acima da cabeça dela, seu símbolo. Conhece? De fato, Szon tinha visto aquele símbolo várias vezes, era o símbolo mais simples e comum para a terra, dentro da alquimia.


(Preciso editar)

[16:32] Szon Mudryr dizia. Ah! Sim, é o símbolo da Terra. Esta mulher deve ser ela e o lugar onde ela está sentado é onde vivemos não é? perguntava esperando uma confirmação ou correção.
[16:32] Szon Mudryr dizia. — Ah! Sim, é o símbolo da Terra. Esta mulher deve ser ela e o lugar onde ela está sentado é onde vivemos não é? perguntava esperando uma confirmação ou correção.
[16:32] <Szon Mudryr> >>
[16:36] <Leo> - Bem... Não é isso, na verdade. A garota viu que o garoto não era um total leigo, e respondeu com felicidade. - Essa é a representação dos deuses da terra. Uma mulher, como pode ver. O que está ao redor dela é o que ela controla, o que ela tem e o que ela é.
[16:38] Szon Mudryr não se interessava muito por deuses, mas ouvia sua explicação e então respondia. — Hum.... interessante, mas... não sabia ao certo o que dizer ou como responder e então perguntava. — Gostaria de treinar um pouco?
[16:40] <Leo> - O que? respondeu a garota, fazendo uma perfeita alusão à sua forma física, que não era das melhores, e a de Szon Mudryr, que não estava muito longe.
[16:43] Szon Mudryr ria um pouco com a surpresa da garota e então dizia. — O que foi? olhava para os outros treinando e dizia. — Não acha que somos capazes de ser como eles?
[16:43] <Leo> - Sim. Respondeu a garota, cheia de certeza e prontamente.
[16:44] <Leo> PERA
[16:44] <Leo> Logo em seguida, perguntou - E você, acha?
[16:47] Szon Mudryr olhava a sua volta procurando algo ou alguém que pudesse utilizar para fazer sua demostração. — Espere um pouco. " Será que pegaria mal chamar alguém para um treino de combate?! Seria bacana se tivesse alguns equipamentos aqui ou um circuito.... talvez dê para montar um... "
[16:47] <Leo> >?
[16:51] <Leo> Os alunos estavam todos muito ocupados para perceber os dois ali no canto do ginásio. Havia algumas listras desenhadas no chão, provavelmente caminhos, Szon jamais vira algo do tipo para entender o que diziam.
[16:52] <Leo> - Bem, por que, simplesmente, não conversarmos? Os deuses tem propósitos diferentes para cada um de nós. Alguns devem correr, alguns devem morrer. Alguns não devem nada. Não precisamos ser iguais a eles.
[16:56] Szon Mudryr olhava um pouco curioso para as listras. — Verdade, mas nos podemos ir atrás dos nossos sonhos não? respondia pensando um pouco sobre aquela linha antes de começar a segui-la.
[16:57] <Leo> - Seu sonho é seguir as linhas?
[16:57] <Leo> >
[16:58] Szon Mudryr respondia. — Não, isso é apenas curiosidade. Dá em algum lugar?
[16:59] <Leo> - Bem, parece que você não entende como as coisas funcionam... Se você seguir isso, o que você ganha? E, pelo que me parece, você não faz ideia de como essas coisas funcionam, não é melhor se dedicar em algo que é bom?
[16:59] <Leo> >
[17:02] Szon Mudryr continuava a seguir linha ainda curioso questionando. — Do que adianta eu ser bom em algo e não gostar do que faço? pensava um pouco no que havia dito e notava que o seu caso não era tão diferente. " É por isso que busco o equilíbrio entre as duas coisas... " pensava consigo mesmo.
[17:03] <Leo> - Você é bom no quê?
[17:03] <Leo> >
[17:05] Szon Mudryr parava olhando para ela um pouco confuso com a pergunta. — Em aprender, mas eu prefiro mil vezes a adrenalina do combate e uma boa luta. Na verdade... eu gosto de tudo que envolva um pouco de ação. E você?
[17:08] <Leo> - Bem, você não gosta de aprender? Talvez esteja aprendendo algo errado, ou da forma errada. Eu gosto de... Ajudar. Acho que seria isso. Sim, eu gosto de ajudar.
[17:16] Szon Mudryr dizia. — Bem, foi a mesma coisa que o meu mentor disse e é por causa dele que vim para este local. Não entendia muito bem por que estava se abrindo com ela e então mudava um pouco de assunto. — Desculpe... estamos conversando a um tempo e eu não sei o seu nome. Eu sou Szon Mudryr e você é?

- Eu sou Lebaz Scnir, me perdoe os modos... Minha vontade em te ajudar foi maior do que a educação que me deram. A garota pensou por alguns segundos, como se estivesse interessada em falar com Szon, mas faltavam-lhe assuntos, e perguntou. - Você teve um mestre, certo? Desculpe a minha invasão em sua vida pessoal, mas você é meio rico, certo?

Encarava o pessoal treinando e se perguntando o que poderia fazer para se unir a pelo menos um deles, poderia treinar sozinho, mas com tantas pessoas ali talvez fosse meio estranho. — Rico?! Eu?! Talvez... nunca fiz questão de saber o montante de minha família, mas creio que por morar em Tracen e ter sido treinado por um mento faz de mim uma pessoa com esse status. Voltava a olhar para a garota e rapidamente mudava de assunto. — Então... o que está achando do seu primeiro dia na ECG. ?

Pensava por alguns segundos. — Tirando a Kridz que me lembra um antigo mentor... relativamente normal Finalmente começava a se alongar. — Bem, se não acho ninguém para me acompanhar irei treinar sozinho. Ah! Antes que eu esqueça, qual é a sua sala?

- Muito boa sorte com seu treino... A garota responde para Szon - Sou da mesma sala que você.

Por não ter prestado muita atenção em quem estava em sua sala acabou ficando meio surpreso.— Ok! Tenho mais uma duvida, mas isso eu posso deixar pra depois do treino. Terminava seu alongamento então dizendo. — Obrigado e boa sorte com seus desenhos. Logo começava a correr visando dar algumas voltas no segundo campo.

Szon ficou aproximadamente quarenta minutos correndo ao redor do ginásio, relembrando seus treinos e copiando alguns movimentos repetidos pelos alunos que ali estavam. Eram movimentos novos, que usavam os músculos de formas diferentes, mas Szon não teve problemas em adaptar-se. Quando terminou, Lebaz ainda estava desenhando em seu caderno.

" Só quarenta minutos?! Aposto que consigo mais, mas antes alguns minutos de descanso " Pensava caminhando até ao lado de Lebaz e então se jogando no chão um pouco próximo a ela. — O que mais pode me dizer sobre esses deuses? Perguntava com um certo tom de interesse. — Irei tirar um tempo para descansar. Enquanto isso posso aprender uma coisa ou outra sobre eles não? Sugeria e depois respirava fundo aliviado por poder descansar um pouco.

Ficava pensando nas palavras de Lebaz, não era muito religioso, mas poderia tirar o tempo para aprender alguma coisa ou outra.— Como?

Lebaz arrumou sua postura, endireitou sua coluna e cruzou suas pernas - Bem, apenas feche os olhos e sinta o corpo que te deram... Sinta as dores... As vontades de correr de novo, de se machucar de sangrar... Sinta sua respiração entrando nos pulmõs que suplicam por uma segunda chance de viver... E sinta, acima de tudo, quão sortudo você é por ser onde você está.

Não sabia se fazia parte ou mesmo se era necessário, mas tentava copiar a postura de Lebaz. Não conseguia ficar igual a ela, mas chegava bem perto. — Assim? Perguntava tentando endireitar a coluna para ficar mas parecido. — Do jeito que você fala...Fechava os olhos. — Não parece tão complicado.Tentava se concentrar no seu corpo. " Isso parece mais com um exercício de autoconhecimento do que algo para encontrar os deuses. "

Szon fechou seus olhos e fez como a garota pediu. Tentou concentrar-se nas coisas que ela havia dito, mas a adrenalina misturada à endorfina no corpo do garoto não o deixava pensar em coisas por muito tempo. O máximo que conseguiu "sentir" - conforme a garota disse - foi um pouco das dores mescladas aos seus músculos.

Achava estranho não ter conseguido a final ela disse que este era o momento perfeito para isso. — Hum... Tentava se concentrar novamente e realizar mais uma tentativa.

[11:50] <Leo> Achava estranho não ter conseguido a final ela disse que este era o momento perfeito para isso. — Hum... Tentava se concentrar novamente e realizar mais uma tentativa.
[11:50] <Leo> Novamente, Szon não conseguia sentir nada além do que sentira toda sua vida. Por outro lado, ele sentia que Lebaz estava em um estado totalmente estranho ao que ele conhecia: a garota parecia completa - mesmo de olhos fechados, Szon tinha certeza disso.
[11:52] Szon Mudryr observava o que Lebaz fazia e com um pouco de incerteza dizia. — Acho que não estou conseguindo...
[11:59] <Leo> - Mas é claro, você não tentou o suficiente ainda. Respondeu a garota, imediatamente após abrir os olhos, irritada. - As primeiras vezes são mais difíceis, Szon. Um pequeno silêncio instaurou-se entre os dois, e Lebaz disse - Quando você começou a se exercitar, correr e tudo mais, como era?
[12:01] Szon Mudryr entendia o que Lebaz queria dizer e respondia. — Entendi o que quis dizer, desculpe. novamente fechava os olhos e tentava. — Obrigado pela paciência.
[12:04] <Leo> Lebaz não percebeu o sarcasmo na frase de Szon, que também não o percebeu, enquanto falava. Szon fechou os olhos por mais alguns minutos e a única coisa que sentia era vontade de correr ou aprender algo que pudesse armazenar em sua mente sobre as divindades. Ficar sentado, ali, de olhos fechados não lhe parecia algo que fosse lhe ajudar futuramente. Além disso, os olhos de alguns alunos que também estavam naquele ginásio observavam os dois.
[12:10] Szon Mudryr percebia os olhares de outros alunos e a vontade de fazer algo mais produtivo crescendo, porém a biblioteca estava fechado e não havia descansado nem 10 minutos. — Acho que estão observando a gente... comentava voltando a se concentrar novamente, já que por falta de opção essa era a única coisa que poderia fazer pelos próximos minutos.
[12:24] <Leo> Lebaz não demonstrou ouvir o garoto, que ficou ali, sentado, mais cinco minutos. Quando levantou-se para voltar seu treinamento, a garota, mais uma vez, não demonstrou perceber o que acontecia imediatamente ao seu redor. Fez mais alguns exercícios, misturando um pouco do que seu mestre ensinara e copiando os passos dos que ali também estavam. Treinou por mais trinta minutos e percebeu que seu treino estava no fim. Pouco antes disso, Lebaz havia terminado sua meditação e estava, mais uma vez, desenhando em seu caderno.
[12:36] Szon Mudryr tentava recuperar o fogo enquanto observava Lebaz desenhando, se perguntava como ela conseguia fazer aquilo com tanta facilidade, mas talvez tivesse experiência. Respirava fundo olhava para o céu e se perguntava quantas horas ainda faltavam para o final do dia. " Essa missão... " se lembrava das palavras da bibliotecária e resolveu terminar seu treino por ali acreditando que talvez fosse melhor não ficar exausto. Passava por Lebaz agradecendo pelo ensinamento e seguia até o banheiro onde tomaria um banho e voltaria para o seu quarto onde tentaria passar o resto do dia planejando como seria seus próximos dias na ECG. Talvez imitasse Lebaz, mas ainda não havia certeza se aquilo realmente iria ser um passatempo ou poderia virar algo importante.

Ao entrar no banheiro Szon notou que ali também ficava a lavanderia, gastou alguns minutos para lavar suas roupas e secá-las e foi para seu quarto. Quando chegou lá encontrou um de seus colegas, deitado e dormindo. Ainda era cedo, o relógio marcava 17:32. Talvez, dormir não era a melhor opção. Apesar do dia corrido, seu corpo ainda possuía energia suficiente para ficar algumas horas acordado. Ponderou dar uma olhada no material didático da ECG, que estava em seu armário.

Como ainda estava sem sono dava uma olhada no material didático da ECG se perguntando como seriam as primeiras aulas ficando também um pouco curioso quanto aos treinos.

Szon ficou pouco mais de três horas lendo os livro e observando os conteúdos que seriam trabalhados, em especial, os das primeiras semanas. Concluiu que os conteúdos não funcionavam isoladamente. Na verdade, cada um dos três livros tratavam de apenas um assunto, que ia se desdobrando e estudando exemplos e conteúdos diferentes, como se todos os conteúdos das matérias humanas fossem apenas um, assim como nas exatas e biológicas. Nesse meio tempo, dois alunos entraram no quarto, falaram pouco com Szon. Szon também ouviu algumas pessoas passando pelos corredores, mas, no final das contas, nada demais.


O sino toca, e Szon lembra-se de que a janta é servida às 18:00.

Não sentia tanta fome, mas seguia para o refeitório a final, não saberia se no dia seguinte teria oportunidade para um café da manhã. Ainda estava um pouco pensativo sobre os livros e o seu dia quase esquecendo que havia uma missão.

Szon gastou alguns segundos organizando e guardando seus livros no armário, e, então, saiu de seu quarto. O alarme tirou de suas cavernas-quartos outros estudantes. Todos se cumprimentaram com poucas palavras. Assim que saiu da ala dos meninos, Szon também deparou-se com algumas outras garotas. No total, doze ou treze alunos estavam saindo dos corredores, todos eles foram para a cozinha, poucos conversaram durante o caminho de, aproximadamente, cinco minutos. Ao se aproximar do refeitório, Szon pode sentir o cheiro da comida. Provavelmente macarrão com frango. Havia um homem com roupa de cozinheiro dizendo para os alunos que fizessem uma fila e logo seriam servidos.

Havia uma mesa muito grande, nela estavam pratos, talheres e algumas saladas. Pouco depois duas panelas grandes de macarrão com frango se juntaram ao cardápio. Em uma mesa menor, ao lado, três garrafas térmicas, também grandes, jaziam etiquetadas como "Suco", "Café" e "Chá".

Os alunos começaram a se servir e sentar, alguns juntos, começando as novas amizades. Quando Szon terminou de servir, viu que Lebaz também estava ali. A garota sentou-se em uma das primeiras mesas, estava sozinha e, aparentemente, agradecendo aos deuses com uma prece tímida.

Não entedia muito bem como alguns colegas conseguiram se entrosar tão rápido, mas após algum tempo pensando chegava a uma conclusão de que talvez fosse um pouco anti-social. Chegando no refeitório pegava um pouco de salada para acompanhar seu macarrão com frango e enchia um copo com suco para o ajudar a dirigir. Ao procurar por uma mesa notava Lebaz sozinha numa mesa e seguia até próximo a mesma se perguntando se havia alguma chance de aparecer mais alguém para se juntar a eles.
— Olá!dizia meio sem jeito colocando sua bandeja sobre a mesa e logo perguntado. — Posso me juntar?

A garota, concentrada em suas preces, assustou-se com a voz de Szon, mas respondeu prontamente: - Claro! e se pôs a organizar a mesa, buscando um espaço para Szon desnecessariamente.

Szon se sentava a mesa um pouco próximo a ela, mas deixando um bom espaço entre ela e ele. —Pelo visto somos os únicos que ainda não fizeram amigos nesta instituição. O pessoal aqui parece haver uma certa facilidade pra se entrosar.

A garota, um pouco incomodada, repreendeu Szon: - Não querendo ser deseducada, mas eu prefiro silêncio na hora da refeição. Não me importo de você sentar-se comigo, até gosto disso, mas o silêncio é essencial.