Capítulo 5 - A primeira impressão é a que fica

Após a noite de descanso, Szon foi o primeiro a acordar. Ainda falta-lhe pouco tempo e decidiu relembrar os ensinamentos adquiridos na noite anterior, depois foi para a entrada do dormitório, onde outros alunos faziam o mesmo. Alguns alunos deram bom dia para Szon, que manteve-se o mais reservado possível, respondendo aos que o cumprimentavam. Poucos minutos  após chegar ali, Szon pôde ver Yulia se aproximando, pelos corredores que dão para a entrada da ECG.

- Bem na hora, teve uma boa noite de sono? Perguntei, assim que me aproximei o suficiente de Szon.

— Normal como qualquer outra. Resta apenas o Haskel correto? respondia com calma procurando pelo companheiro.

— Ele está na enfermaria?! Alguma chance de ele participar da missão? Perguntava em um tom de surpresa e preocupação.

- Não sei dizer... Dizia, realmente frustrada. - De qualquer forma, apenas saberemos indo até lá.

— Tudo bem, então mostre o caminho. Falava com bastante ansiedade preparado para segui-lá.

- Sim. Então guiei Szon pelos corredores da ECG até a enfermaria.

Acompanhava sua colega até a enfermaria. — Alguma ideia de como ele foi parar lá? E o como iremos fazer a missão caso ele ainda não esteja pronto?

Os dois seguiam pelos corredores da ECG e chegaram à enfermaria pouco tempo depois. Assim que Szon fez a pergunta, Yulia bateu em uma das portas, e abriu-a, logo em seguida.

Dentro da sala, havia uma enfermeira sentada em um banquiho, dois balcões com instrumentos médicos e uma maca, onde Haskel jazia, amarrado.

A enfermeira, visualmente cansada, levantou-se lentamente, e disse:

- Vocês devem ser Szon e Yulia, certo?

- Sim... Qual o estado de Haskel? Perguntava, enquanto olhava para o corpo dele.

Haskel estava com algumas lesões pelo corpo: roxões, marcas de unhas e ferimentos causados, provavelmente, pelo que foi usado para segurá-lo ali. Seus cabelos emaranhavam-se e o suor, seco, parecia ser a única proteção do garoto naquele estado.

- Não é dos melhores, mas ele está acordado, aparentemente.

Mente de Haskel:

Mente Do Haskel:

Haskel começa a respirar em uma intensidade maior, pouco a pouco começando a se acalmar, ele começa a abrir os olhos pouco a pouco. Ele logo fala para a enfermeira com sua voz rouca. [ Tentando  ]

— Senhorita Enfermeira.... Oque aconteceu comigo? Faz quanto tempo?

Ele fala logo começando a olhar para o Szon e para a Yulia com um semblante de alivio. Como um nobre ele pensou nas responsabilidades primeiro e então ele fala para eles. Começando a tentar me levantar porem estava amarrado então ele fala.

— Estamos atrasados para o trabalho? Espero não ter atrapalhado tudo.. Podem me soltar?  

— Calma lá, ainda não sabemos se está em condições para sair e mesmo que esteja... creio que ainda ira precisar de algum tempo para se organizar. Falava encarando o garoto um pouco preocupado. — Então enfermeira... ele poderá sair para nos ajudar com o trabalho ou deverá ficar de repouso? E sem querer ser rude ou intrometido, mas o que aconteceu?

- Haskel? Perguntou a enfermeira, quando o garoto demonstrou sinais de consciência, arrastou o banquinho para perto da cama de Haskel, enquanto observava o lento e trabalhoso despertar dele.

- Precisamos que fique calmo, Haskel. Tudo será resolvido em breve. Disse a enfermeira, ainda observando o garoto.

- Pois bem, senhor Szon, não sei de onde o senhor vem, e tal conhecimento também não me interessa. Mas aqui, na ECG, a sua opinião não é necessária. Disse a enfermeira em um tom de voz claramente irritado, enquanto se levantava. - E sobre o que aconteceu, o relatório sobre os fatos ainda não foi concluído, muito menos assinado, e, mesmo que estivesse, você não saberia. Com o despertar de Haskel, podemos falar com ele. Aguarda do lado de fora, por favor.

— Tudo bem então... Fala meio sem jeito um pouco pensativo enquanto se retirava. " Bem... seremos companheiros somente nesse trabalho... talvez esse sigilo faça sentido mantém a privacidade do aluno. Só espero que não tenha sido nada de mais... " — Quanto tempo ainda temos? Perguntava a si mesmo em um tom de voz baixo.

[22:15] «!» - Senhor Haskel, como se sente? Perguntou a enfermeira, imediatamente após os companheiros de Haskel se retirarem e ela fechar a porta.
[22:19] <Haskel Hanko> Me sinto com uma dor de cabeça, uns pesadelos estranhos.. Mas oque aconteceu comigo? Eu a pergunto enquanto fico a olhando, todo amarrado.
[22:23] «!» A mulher pegou uma prancheta que estava em cima de um dos balcões e uma caneta e começou a fazer anotações, enquanto falava - Senhor Haskel... Não sabemos ainda... Acreditamos que o senhor sofra algum tipo de demência. Ainda estamos analisando, mas existe uma grande chance de você ser um retardado. Os seus sonhos, Haskel, sobre o que eles eram?
[22:23] «!» - Não diga nada, Haskel, meu amor.
[22:28] <Haskel Hanko> — Não me lembro de nada, senhora. Mas é algo perigoso? Pelo oque eu saiba eu era saudável.. Eu falo a olhando com uma cara meio confusa, puro fingimento porem fazia isso unica e exclusivamente por sua amada.
[22:44] «!» - Sim... Entendo... A enfermeira então escreveu mais algumas coisas e colocou a prancheta onde estava inicialmente. - Senhor Haskel, você será liberado. Tome essa medicação de oito em oito horas. Então ela abriu uma gaveta e retirou de lá um pequeno recipiente plástico transparente, e soltou as amarras que prendiam Haskel, uma a uma. Primeiro as pernas, depois os braços. A enfermeira então estendeu a mão com a medicação para Haskel.
[22:46] <Haskel Hanko> Pormin tudo bem. Me desculpe pelo inconveniente senhorita enfermeira. Eu falo enquanto vou seguindo para perto do Szon, indo para o ajudar.
[22:47] «!» A enfermeira abriu a porta e Haskel pôde sair.

Enquanto estavam no corredor, ponderando sobre o que poderia estar acontecendo ali dentro, Szon e Yulia viram um oficial sair de sua sala. O homem estava a, aproximadamente, quatro metros de distância dos garotos quando, aparentemente, percebeu de quem se tratava.

- Szon, Yulia. Disse o homem, olhando para cada um dos alunos enquanto dizia seus respectivos nomes.

Era a primeira vez que Szon via o senhor, já Yulia havia conhecido no dia anterior.

— Bom dia senhor. Respondia enquanto aguardava por alguma instrução.

Permaneci praticamente praticamente, aterrorizada pela presença do oficial. Segurei a mão de Szon com toda minha força, assim que Szon cumprimentou-o, e sussurrei: Não...

O homem passou pelos dois, com um leve sorriso no rosto. Alguns metros depois, deu seis batidas em uma das portas e, logo em seguida, entrou no cômodo.

Deixava um — Humm... escapar logo após o oficial entrar no cômodo, mas logo voltava sua atenção a Yulia. — O que foi? Aquilo realmente era necessário? Eu só ia cumprimenta-lá...

Ao olhar para Yulia, Szon percebeu que ela estava quase que totalmente paralisada. Apenas sua boca se movia, sussurrando "Não, não, não..." repetidas vezes.

— Obrigado, senhorita enfermeira, até mais.

Ele fala enquanto da um sorriso simpático saindo da sala, arrumando o próprio cabelo e limpando os olhos, ele vai procurando seus companheiros do lado de fora do quarto.

— Jovem Raposa, Szon. Me desculpem pelo ocorrido, estamos atrasados?

— Eu não sei. Olhava para Yulia curioso e então repetia a pergunta. — Estamos atrasados?