Benjamin Lunar
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Benjamin Lunar
Abertura
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01/12
Algumas cartas foram enviadas, alguns telefonemas feitos e algumas longas conversas longas ocorreram, e, depois de algumas semanas, finalmente chegara o dia em que a família Lunar e um representante de Marco Solitude, diretor da ECG-T, iriam realizar um jantar com o propósito de conversar sobre a estadia de Benjamin Lunar na ECG da capital. O jantar seria realizado em uma cidade muito afastada do continente, no extremo do continente. A casa da família Lunar era simples, mas muito bem organizada e carregava um ar de pureza e calma, coisa rara na cidade onde Benjamin passou todos os dias de sua vidasua vida toda. O jantar estava marcado para 07hr30min, mas provavelmente não começaria neste horário. - O gelo aqui é impetuoso e pode atrasar em mais de duas horas os compromissos mais importantes, quem dirá um jantar de uma pessoa tão desconhecida, e de um valor mais desconhecido ainda. Devemos apenas ter fé e acreditar que os deuses estejam a nosso favor nessa noite, e sempre - disse a senhora Lunar ao seu filho pouco depois do almoço, provavelmente o preparando para um possível cancelamento. A senhora Lunar não demonstrava muito apego aos deuses, mas sempre lembrava deles nos momentos de peleja e de vitória – mas fique calmo, tudo já está resolvido: a sua entrada na Escola de Conhecimentos Gerais é apenas uma questão de tempo, e sua estadia uma questão de lógica. A senhora Lunar passou o dia preparando a casa e o jantar, enquanto seu filho estava longe de suas vistas quase o tempo todo. Deu apenas uma ordem à seu filho: - Esteja em casa, pronto e preparado, é provável que depois do jantar você parta diretamente, junto com o representante, para a capital – afinal uma viagem de aproximadamente 30 dias é necessária, utilizando os trens. Completou, enquanto começava os preparativos da noite em que seu filho teria chances de começar a mostrar seus talentos para o mundo.
Re: Benjamin Lunar
Benjamin achará que aquela seria uma manhã difícil, sua mãe havia se esforçado tanto para que sua entrada na ECG-T fosse aprovada que ele sentia o peso da responsabilidade de não estragar tudo naquele jantar marcado para aquela noite. Já tinha em mente que o jantar iria atrasar, naquela região, as pessoas marcavam compromissos de duas a três horas antes do que realmente queriam que fosse, justamente para que o atrasado fosse ''pontual'', quase irônico. O garoto se levantou da cama se sentindo mais homem, a entrada na escola seria um grande passo para Benjamin e para seus planos que seriam revelados num futuro que ele esperava não ser tão distante. Saiu de baixo dos três cobertores que o cobriam, às nove e meia da manhã Benjamin estava de pé, tomava um banho de água quente, que mais parecia morna dada as temperaturas locais, vestira a roupa que havia separado, uma bota, calça jeans pesada, uma camisa regata, uma camiseta, um moletom e a jaqueta por cima, tudo pra se esconder do frio, sem contar a quantidade de meias e cuecas que ele usava. Saindo do quarto colocará um maço de cigarro no bolso da jaqueta, o isqueiro no bolso da calça as chaves de casa e sua mochila, pretendendo ser seu último dia naquele lugar, Benjamin tentaria arrancar mais alguma história engraçada ou horrorosa. Benjamin desceu as escadas de casa, e ao encontrar sua mãe disse - Bom dia, companheira! - Ele dissera, e após receber todas as recomendações, inclusive de ser pontual (pontual de verdade) dadas pela mãe, beijava-a no rosto e com um pedaço de pão em mãos saia de casa, hoje só voltaria a noite.
manstupido- Mensagens : 1
Data de inscrição : 14/07/2015
Re: Benjamin Lunar
O dia em Septamer parecia normal, não no sentido exato da palavra, mas no sentido aplicável para a cidade que geralmente possuía um clima definido com as palavras neve e vento. A maior movimentação, senão única, era o “comércio de grandes peixes”, uma linha de venda e compras que começava na parte mais ao norte da “cidade das colinas congeladas” – nome carinhoso atribuído a Septamer -, no litoral, e se estendia, aos poucos até os trilhos, ao sul da cidade. Mesmo aquela não sendo uma cidade pesqueira, era a pesca que movimentava a cidade. Mas não a pesca padrão, aqui a pesca era de monstros, animais exóticos, que precisavam de mais de uma semana para serem capturados, e que podiam alimentar uma geração inteira por mais de um mês. De resto, tudo normal: as pessoas estavam agasalhadas como de costume, o cheiro do solo umedecido tomava conta do ar, e era preciso cuidado para andar e não escorregar. Mas aparentemente um dos visitantes da cidade não sabia disso. Digo, o fato de escorregar tão facilmente. Um jovem senhor, de aproximadamente 50 anos estava distraído com uma loja que vendia adornos e imagens das divindades, e andando para lá e para cá, desatento e feliz, pisou em falso e ao tentar se equilibrar repetiu a façanha, e depois de dois passos deslizando no chão acabou caindo de boca na grama revestida de neve. As pessoas daqui não são muito receptíveis, mas aquele homem aparentava ser rico, e ajudar um rico sempre é bom – ele pode te dar dinheiro ou fama -, e em questão de segundos algumas pessoas o foram ajudar, na verdade antes mesmo dele cair algumas pessoas já estendiam suas mãos, provavelmente todos prestavam atenção nele à um tempo.
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